Especialistas do Citi acreditam que a significativa queda nas taxas de juros dos Estados Unidos pode equilibrar a balança de riscos para o Comitê de Política Monetária (Copom), no Brasil. Apesar das preocupações com o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre e incertezas em relação à meta fiscal no cenário local, a perspectiva global pode influenciar o Copom a adotar uma postura mais suave (“dovish”) em seu comunicado na próxima reunião.
A Genial Investimentos destaca a importância da recente queda nos Treasuries nos EUA, atribuída ao abrandamento da atividade econômica. A antecipação das projeções para cortes na taxa do Fed Fund, agora previstos para o início do segundo semestre de 2024, tem impacto positivo. Apesar dos riscos locais, a corretora vê a possibilidade de uma Selic terminal menor. A taxa nominal e real registrou queda acentuada nos vértices intermediários e longos, impulsionada pela desinflação evidenciada pelo IPCA-15.
A curva de juros futuro também reflete a expectativa de redução, com a Selic implícita se aproximando dos 9,5% no final do ciclo. Adicionalmente, a projeção para a taxa básica em 2025, conforme indicada pelo Boletim Focus, foi ajustada de 8,75% para 8,5% ao ano. Apesar do otimismo, a previsão é de que o Copom mantenha o ritmo de cortes de 0,50 ponto percentual, resultando em uma taxa de 11,75%.
Redação Move Notícias com informações MoneyTimes