Por Douglas Ferreira
A situação das queimadas na região do Pantanal está se agravando, com um aumento significativo nos últimos meses, totalizando mais de 3 mil focos de incêndio registrados pelo corpo de bombeiros. Em comparação com o mesmo período de 2022, houve um aumento de mais de 1.400%, de acordo com o monitoramento do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – Inpe.
Os incêndios, que estão ocorrendo há mais de um mês, estão destruindo o Pantanal, sendo registrados 3.098 focos de incêndio nos primeiros 16 dias de novembro, um recorde histórico para o mês desde 2002. O tempo seco e a onda de calor favorecem a propagação dos incêndios, causando danos à vegetação e à fauna.
Na última quarta-feira (15), as chamas chegaram a invadir a rodovia Transpantaneira, mas foram controladas pelas equipes de brigadistas antes de atingirem as residências. Diante da gravidade da situação, os governos de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, Estados que abrigam o bioma, decretaram situação de emergência na região Norte do Pantanal.
A causa dos incêndios ainda está sob investigação, e especialistas estão avaliando se começaram devido à queda de raios ou por ação humana. A situação em 2020, quando uma parte significativa do Pantanal foi destruída pelo fogo, levanta a preocupação sobre a possibilidade de crimes ambientais associados a incêndios intencionais. As equipes de brigadistas foram reforçadas para tentar controlar as chamas.
Mato Grosso e Mato Grosso do Sul estão em Estado de alerta devido à onda de calor. A situação exige uma ação imediata para conter os incêndios e proteger o ecossistema sensível do Pantanal.
