Por Douglas Ferreira
A sociedade piauiense e a comunidade científica brasileira e internacional foram profundamente impactadas pela notícia do falecimento da biomédica Lair Guerra de Macedo. Conhecida por coordenar, por vários anos, o Programa Nacional de Controle e Combate à Aids do Ministério da Saúde, Lair Guerra faleceu na manhã desta quarta-feira, aos 80 anos, no Hospital Santa Luzia, em Brasília, no Distrito Federal.
Reconhecida por seu trabalho pioneiro no programa de combate à Aids, Lair Guerra foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz, sendo sua atuação uma referência na área e um exemplo para o mundo.
A confirmação do falecimento de Lair Guerra foi feita pelo pastor Júlio Borges, irmão dela. Ele informou ainda que o corpo da biomédica piauiense vai ser cremado.
Desde janeiro deste ano, Lair Guerra estava internada numa UTI do Hospital Santa Luzia após ser diagnosticada com pneumonia. Ela chegou a ser entubada, nos últimos 10 dias, seu quadro médico teve uma piora acentuada e a médica não resistiu e veio a óbito.
Em 1996, Lair Guerra sofreu um acidente de carro na cidade de Recife, onde estava para participar de uma palestra sobre Aids. O acidente a deixou em coma por dois meses, e ela enfrentou sequelas decorrentes desse episódio. Após um longo período de tratamento, conseguiu retornar para casa, embora utilizando uma cadeira de rodas e enfrentando outras sequelas.
Lair Guerra de Macedo vem de uma família de notáveis piauienses. Ela nasceu em 1943 no povoado Gety, município de Curimatá, no Sul do Piauí. Formou-se em Biomedicina pela Universidade Federal de Pernambuco.
