O Exército de Israel não tem dúvida, os ataques do Hamas a Israel no sábado, 7 de maio, contaram com o apoio do governo iraniano. Isso de acorto com informações de Sarit Zehavi.
Segundo Zehavi, CEO do Alma Research and Education Center, “esse não foi apenas um ataque terrorista, mas sim uma guerra iniciada por organizações terroristas que recebem ordens do regime terrorista do Irã”.
O Hamas reivindicou a autoria dos ataques, lançando milhares de foguetes em direção a Israel, enquanto invasores atacaram por terra. A situação causou a morte de pelo menos 348 pessoas, incluindo 150 em Israel e 198 na Faixa de Gaza, como resultado das retaliações de Israel.
O conselheiro da máxima autoridade iraniana, o aiatolá Ali Khamenei, celebrou os ataques e afirmou que Teerã permanecerá ao lado dos palestinos “até a libertação de Jerusalém”.
Apesar disso, Zehavi observou que ainda é cedo para afirmar que uma guerra direta entre Israel e Irã está ocorrendo. Ela entende que, “não houve um motivo claro para guerra (casus belli) envolvendo um ataque direto do Irã a Israel”. No entanto, ela não descarta essa possibilidade.
Desde a Revolução Islâmica de 1979, as relações entre Irã e Israel tornaram-se hostis, com o Irã sendo um inimigo declarado de Israel e do Ocidente. Fontes militares israelenses afirmam que o Irã fornece apoio contínuo e equipamentos ao Hamas e ao Hezbollah, grupos terroristas islâmicos.
Essa situação levou à preocupação internacional sobre as intenções do Irã de desenvolver armas nucleares. Atualmente, o Irã é visto como um aliado incondicional pelo governo brasileiro e tem mantido relações comerciais com os BRICS. Durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, houve uma estreita relação com o então presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad, apesar das preocupações relacionadas aos direitos humanos e declarações negando o Holocausto.
Os ataques de sábado se concentraram principalmente no sul de Israel, com milhares de foguetes lançados e invasões por terra. O Hamas afirmou que esses ataques fazem parte de uma recuperação de território.
Em nota governo brasileiro condena o ataque mas ignora Hamas
O Itamaraty não citou o nome do grupo terrorista Hamas responsável pelo ataque que matou mais de 150 israelenses. O Ministério das Relações Exteriores se limitou a lamentou as mortes, e declarou que, “exorta todas as partes a exercerem máxima contenção a fim de evitar a escalada da situação”.
Por fim, o governo brasileiro disse que é favorável à criação dos dois Estados.
Por Douglas Ferreira