O Prêmio Nobel é o anseio de todo cientista, escritor, físico ou defensor dos direitos humanos. Infelizmente, o Brasil nunca teve o privilégio de receber essa prestigiosa premiação. Mas por que isso acontece, se contamos com tantos cientistas notáveis? Quantas vezes o Brasil foi indicado ao Prêmio Nobel?
Apesar de não figurar entre os países agraciados com o Nobel, o Brasil teve 147 indicações entre 1901 e 1971, os dados mais recentes disponíveis, já que a Fundação Alfred Nobel mantém a lista de indicados em sigilo por 50 anos. É surpreendente constatar que, em 122 anos de história, nenhum brasileiro recebeu o prêmio Nobel. No entanto, pelo menos um dos laureados nasceu em território nacional. Peter Brian Medawar (1915-1987), natural de Petrópolis, no Rio de Janeiro, recebeu a prestigiosa medalha em 1960, na categoria “Medicina e Fisiologia”.
A pergunta persiste: por que o Brasil nunca foi agraciado com um Nobel? De acordo com especialistas, a resposta envolve diferentes aspectos, incluindo o baixo investimento do país em pesquisa, a qualidade deficiente da educação básica e, principalmente, o contexto geopolítico.
O Move Notícias recorre ao trabalho notável de uma biomédica piauiense, Dra. Lair Guerra de Macêdo para homenagear, nesse 8 de março, Dia Internacional da Mulher, todas as mulheres do Brasil. O trabalho científico da biomédica piauiense rendeu a ela uma indicação ao Prêmio Nobel da Paz, a única até hoje de um piauiense.
Mas quem é Lair Guerra?
Lair Guerra de Macedo, natural de Curimatá, desempenhou um papel crucial no programa brasileiro de controle de doenças sexualmente transmissíveis, especialmente a AIDS. A biomédica piauiense, é a idealizadora e responsável pelo Programa Nacional de Combate à AIDS.
Consultora em Planejamento e Avaliação de programas DST/AIDS para a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), Lair também trabalhou com a Family Health International, o Banco Mundial, a Organização Mundial de Saúde e outras organizações internacionais. Após um grave acidente automobilístico em, ao retornar de uma palestra, que a deixou em coma por dois meses, Lair se dedica hoje aos tratamentos de recuperação e reabilitação, participando ativamente de ações em organizações assistenciais.
Dra. Lair Guerra é o que se pode chamar de ‘uma mulher empoderada’.