Por Douglas Ferreira
Alguns municípios do Brasil, em especial no Piauí, enfrentam uma realidade desafiadora, pois, pouco ou nada produzem, dependendo exclusivamente de repasses estaduais e federais. A emancipação política dessas localidades, muitas vezes motivada por razões meramente políticas, não resultou em aumento de produção nas últimas duas décadas, refletindo nos piores PIBs do país e também uma baixa qualidade de vida da população.
Segundo dados do IBGE, Santo Antônio dos Milagres, na região do médio Parnaíba, lidera a lista, registrando um PIB de R$ 18,051 milhões em 2020. Essa condição se estende a outros municípios como Miguel Leão, Aroeiras do Itaim, Floresta do Piauí, São Luís do Piauí, São Miguel da Baixa Grande, Prata do Piauí, Olho D’Água do Piauí, Tamboril do Piauí e Vera Mendes.
O relatório da Superintendência Cepro, em parceria com o IBGE, destaca a concentração do PIB em dez municípios estratégicos, indicando uma tendência de desconcentração ao longo dos anos. No entanto, cidades como Teresina, embora tenham reduzido sua participação, ainda concentram grande parte da produção econômica do Estado.
Os desafios enfrentados por municípios com menores PIBs requerem políticas públicas eficazes, parcerias estratégicas e investimentos em setores-chave para impulsionar o desenvolvimento local. Além de exigir muita seriedade e austeridade na aplicações dos parcos recursos por conta dos gestores.
A desconcentração do PIB, aliada à análise detalhada do desempenho municipal, oferece insights valiosos para orientar decisões governamentais e iniciativas do setor privado. Soluções inovadoras e sustentáveis tornam-se cruciais para promover o desenvolvimento econômico em regiões menos favorecidas, contribuindo para a construção de um panorama mais equitativo e próspero em todo o Estado do Piauí.