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Publicado em: 23 junho 2023 às 12:07

Cresce o empreendedorismo juvenil no Piauí

Ele tem apenas 12 anos, mas é um empreendedor nato. Sem deixar os estudos de lado (é estudante do Colégio Dom Barreto), desde 2020, desenvolve atividade comercial. José Alberto empreende no comércio de um dos produtos que é a cara do Piauí, a Cajuína (suco natural do caju, sem adoçante químico ou conservante).

 

Mas, como tudo começou? O garoto conta que sempre quis adquirir as novidades do mundo infantil. E, não queria sobrecarregar os pais com os pedidos de jogos eletrônicos e brinquedos. “Foi aí que tive a ideia de empreender, para ter o meu próprio dinheiro”, conta José Alberto.

 

Mas porque empreender vendendo cajuína? A resposta ele tem na ponta da língua, “porque é um produto natural e saudável”.

 

Na verdade, a cajuína já era fabricada no sítio de um tio avô, em Pio IX, no Sul do Piauí. Então, foi só convencer o familiar a acreditar no potencial empreendedor dele. Foi assim que tudo começou.

 

Mas o empreendimento está dando resultado? A resposta é sim. Ele hoje já fatura o suficiente para arcar com alguns objetos de desejo. “O celular que ele usa foi comprado por ele mesmo, com o dinheiro da venda da cajuína”, fala com orgulho o executivo José Alberto, pai do pequeno empreendedor.

 

Mas quanto ele fatura por mês com a venda da cajuína? Ah! Isso ele não revela por nada. “Não posso falar. Isto é um segredo comercial. Posso dizer apenas que vendo bem”, justifica.

 

E o pequeno empreendedor também se preocupa com o meio ambiente, com a natureza. Por isso, já pôs em prática seu sistema de logística reversa. Quem devolve as garrafas obtém desconto na compra de mais produtos.

 

“É isso mesmo. A devolução do vasilhame garante um desconto de R$ 1,50 por caixa com 12 unidades de 500ml”, explica o pequeno empreendedor.

 

Mas, ele vai ficar apenas na venda de cajuína? José Alberto Filho responde que não. Já está pensando em diversificar o comércio. “Mas, ainda estou estudando o mercado, procurando um produto tão atrativo quanto a cajuína”, disse.

 

E qual o destino do faturamento, do dinheiro? “Uma parte eu reinvisto na compra do produto, e a outra, eu guardo, eu poupo”, respondeu.

 

O que tem a dizer, o empresário de 12 anos, aos garotos da sua idade que pensam em empreender? “Corra atrás dos seus sonhos, estude o mercado, se informe, peça opiniões, mas siga seu instinto e busque seus objetivos”, concluiu José Alberto Filho.

 

Por Douglas Ferreira