Por Douglas Ferreira
A ajuda está a caminho para os afetados pelas enchentes no Rio Grande do Sul, na forma de casas modulares doadas pela Acnur, a agência da ONU para refugiados. Mais de 200 unidades dessas casas, capazes de serem montadas em questão de horas, serão enviadas para servir como abrigos temporários para as famílias que perderam tudo.
Essas casas modulares são muito mais do que simples abrigos. Elas representam espaços autônomos, sustentáveis e adaptáveis projetados para situações de emergência humanitária. Feitas de aço leve, resistem a ventanias de até 101 km/h e têm 17,5 metros quadrados de área. Seus materiais incluem paredes de plástico reciclável e tubos metálicos, além de contar com energia solar e iluminação de LED.
O prazo de validade estimado dessas estruturas é de até cinco anos, e cada unidade é produzida sem fins lucrativos, com um custo de cerca de R$ 8,3 mil. Uma das principais vantagens dessas casas é a rapidez com que podem ser montadas, ficando prontas em até seis horas, oferecendo assim uma solução ágil para realocar os desabrigados em poucos dias.
Além de servirem como abrigos temporários, essas estruturas modulares podem ser adaptadas para diversos fins, como atendimento de saúde e educação. A iniciativa, fruto de uma parceria entre a Acnur e o programa Avião Solidário da Latam, já mostrou seu potencial em outros lugares, como Boa Vista, Roraima, onde foi usada para abrigar refugiados venezuelanos.
Com milhares de pessoas desabrigadas e desalojadas no Rio Grande do Sul devido às enchentes, essa iniciativa da ONU chega em um momento crucial. E não para por aí: a Agência para Refugiados também enviará kits de cozinha e emergência para complementar essas casas, proporcionando um pouco de conforto em meio à adversidade.