Por Douglas Ferreira
A revolução tecnológica está deixando sua marca em todos os setores da ciência, e um exemplo impressionante disso é o avanço espetacular da telemedicina no Brasil. Impulsionada pela pandemia, essa modalidade de atendimento médico tem se consolidado como uma alternativa viável, tanto no setor privado quanto no Sistema Único de Saúde (SUS), integrando inovações como inteligência artificial e drones.
Os números falam por si só: mais de 30 milhões de consultas médicas foram realizadas à distância no país em 2023, um aumento significativo em relação aos anos anteriores. Esse crescimento se deve, em parte, à praticidade oferecida pela telemedicina, que permite menos tempo de espera para ser atendido, acesso a partir de áreas remotas e acompanhamento contínuo para os pacientes.
Regulamentada pelo Conselho Federal de Medicina – CFM, em 2022, a teleconsulta vem sendo adotada por profissionais como o ortopedista Isaías Chaves, que atende seus pacientes em Brasília por meio dessa modalidade. Embora reconheça suas limitações, Chaves destaca a utilidade da telemedicina, especialmente para o primeiro contato com o paciente.
No âmbito público, o governo federal tem investido na expansão da telemedicina para aumentar o acesso da população à saúde, principalmente em regiões distantes dos grandes centros urbanos. Com previsão de destinar R$ 464 milhões neste ano para essa transição digital, o Ministério da Saúde busca melhorar o acompanhamento e a continuidade do cuidado oferecido aos pacientes.
Além disso, o setor privado também está se adaptando à demanda, oferecendo opções mais acessíveis e serviços especializados na telemedicina. Um exemplo é a rede de clínicas Amparo Saúde, que utiliza inteligência artificial para prever o risco de internação de seus clientes e drones para realizar entregas e coletas de materiais de exames.
Embora seja uma novidade no Brasil, a telemedicina já é amplamente difundida em outros países, como os Estados Unidos, o Japão e o Reino Unido, onde é utilizada como uma estratégia de saúde pública. Essa tendência global demonstra o potencial transformador da tecnologia na prestação de serviços de saúde, promovendo o acesso e a eficiência no atendimento médico.