Por Douglas Ferreira
Após cinco anos desde o trágico assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, finalmente os supostos mandantes do crime foram presos. Por ordem do ministro Alexandre de Moraes, a Polícia Federal deteve os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, suspeitos de ordenar o assassinato da ex-vereadora do Rio de Janeiro, além do delegado Rivaldo Barbosa.
Os três indivíduos suspeitos de serem os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, além da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves, ocorrida em março de 2018, foram presos neste domingo, 24. Os detidos são o deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil/RJ), o conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado) do Rio, Domingos Brazão, e o ex-chefe da Polícia Civil no Rio, delegado Rivaldo Barbosa.
A operação, denominada “Murder Inc.”, foi conduzida em colaboração com a Procuradoria-Geral da República e o Ministério Público Federal do Rio de Janeiro. Além das prisões, foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão emitidos pelo Supremo Tribunal Federal – STF, todos na cidade do Rio.
A operação ocorreu neste domingo visando surpreender os suspeitos, uma vez que havia o temor de que tentassem fugir. A ação também contou com o apoio da Secretaria de Polícia Civil do Rio de Janeiro e da Secretaria Nacional de Políticas Penais, do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Os detidos são suspeitos de serem os mentores intelectuais dos crimes de homicídio, conforme apontado pelas investigações. Além disso, os investigadores também estão averiguando possíveis delitos de organização criminosa e obstrução de justiça.
Anielle Franco ministra da Igualdade Racial, irmã de Marielle, celebrou as prisões, expressando o quanto esse dia foi esperado pela família. Ela agradeceu à Polícia Federal, ao governo federal e ao Ministério Público, bem como ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, responsável pelas ordens de prisão.
Recentemente, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, anunciou a homologação pelo STF da delação do ex-policial Ronnie Lessa, apontado como autor dos disparos que vitimaram a parlamentar e o motorista. A delação foi considerada crucial para o avanço das investigações e resultou na prisão dos supostos mandantes do crime.