Por Douglas Ferreira
Por muito tempo, os brasileiros se orgulharam da ausência de grandes abalos sísmicos em território nacional, em contraste com países asiáticos, norte-americanos e alguns latino-americanos. No entanto, a notícia de um considerável terremoto na Amazônia tem gerado expectativas na população, levantando questões sobre sua gravidade, impacto e possíveis danos.
De acordo com as autoridades, este foi o maior tremor de terra registrado na história do Brasil, atingindo 6,6 graus na Escala Richter. O evento ocorreu neste sábado, às 18h31, no horário de Brasília, e embora o Serviço Geológico dos Estados Unidos indique a proximidade de Tarauacá, no Acre, as coordenadas precisas apontam para uma área isolada em Ipixuna, no Amazonas.
Até o momento, não foram registrados danos significativos, pois o epicentro do tremor estava a uma profundidade notável de 614,5 quilômetros, permitindo a dissipação eficiente da energia. Geólogos afirmam que tremores em tal profundidade raramente são perceptíveis pela população.
O Centro de Redes de Terremotos da China também detectou o evento, concordando com a intensidade de 6,6 graus na Escala Richter, mas apontando uma profundidade maior, de 630 quilômetros.
Vale destacar que, em 7 de junho de 2022, Tarauacá já havia enfrentado um tremor de 6,5 graus, o segundo maior da história do país na época, sem deixar vítimas ou danos materiais.
A região em questão, próxima à Cordilheira dos Andes, é propensa a abalos sísmicos devido à sua atividade sísmica. Nos últimos 45 anos, quase cem tremores foram registrados em um raio de 250 quilômetros de Tarauacá, sem consequências graves.
Até o momento, os governos do Acre e do Amazonas, assim como as prefeituras de Tarauacá e Ipixuna, não se pronunciaram sobre o incidente. Antes desses eventos recentes, o maior abalo sísmico do Brasil havia sido em 1955, na região da Serra do Tombador, em Mato Grosso, com 6,2 graus na Escala Richter.